pós-graduação

Uma pesquisa multicêntrica com idosos do Brasil e de Portugal será realizada em parceria entre o Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade (Cetres) e a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria. Os estudos a serem realizados terão como temática a saúde da pessoa idosa, contribuindo para um maior conhecimento e desenvolvimento científico da área.

Sendo, além de um centro universitário, um programa de extensão da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), o Cetres visa proporcionar maior integração e colaboração entre os pesquisadores e acadêmicos de ambas universidades. O primeiro estudo irá analisar a ocorrência de dores crônicas e, a partir dos relatos, desenvolver jogos educativos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos idosos. Em razão da pandemia da Covid-19, a coleta de dados será realizada de forma on-line.

 

Estabelecendo laços

O convênio entre as duas instituições nasceu por intermédio do educador físico Márcio Strelow Mendes, que era aluno do curso de Fisioterapia e realizou intercâmbio em Portugal. Na cidade de Leiria, conheceu a professora Marlene Rosa, a qual comentou sobre os serviços oferecidos pelo Cetres. Assim, despertou-se o interesse de Marlene em conhecer o trabalho da UCPel direcionado à saúde na terceira idade.

O contato inicial ocorreu numa reunião virtual entre a pesquisadora de Portugal e a docente do curso de Fisioterapia e coordenadora do programa de extensão do Cetres, Estefânia Moraes Di Primio. As professoras do Brasil e de Portugal, ambas fisioterapeutas por formação e atuantes na mesma área de geriatria e gerontologia, decidiram realizar pesquisas em conjunto com idosos dos dois países.

São vários os motivos para o interesse de uma instituição internacional no centro universitário de Pelotas. O supervisor do Cetres, o psicólogo Hartur Torres da Silva, destaca a singularidade do serviço prestado, com uma visão integral da saúde, ou seja, considerando a cultura, a arte e a cidadania. “O Cetres possui 30 anos exitosos em promoção de bem-estar, qualidade de vida, autonomia e participação social dos idosos. Os usuários colaboram na elaboração das atividades e, inclusive, coordenam oficinas, ou seja, são autores e coautores de uma história de alegria, cooperação, saúde e solidariedade”, relata.

 

Prospecções

A primeira atividade foi uma roda de conversa entre usuários do Cetres e a pesquisadora de Portugal, ocorrida em setembro do ano passado. Na sequência, o vínculo se consolidou a partir da assinatura de um termo aditivo. “Parcerias entre universidade e a comunidade proporcionam relacionamentos mutuamente benéficos, nos quais tanto as instituições de ensino superior quanto a população podem expressar os seus desejos e necessidades, e todos aprendem e evoluem”, comenta Estefânia.

A partir do convênio, espera-se que os idosos se beneficiem tanto das práticas desenvolvidas quanto dos resultados obtidos nas pesquisas. O contato dos estagiários e dos acadêmicos extensionistas com o universo da pesquisa acadêmica também será importante durante o processo, possibilitando vivências e perspectivas diferenciadas de aprendizagem e contribuição científica. “Este é mais um passo na consolidação do Cetres como uma referência regional em saúde da pessoa idosa, tanto na pesquisa quanto na extensão”, finaliza Hartur.

 

Redação: Max Cirne